sábado, 24 de março de 2012


“Milagre de Purim do século 20”
A Guemará (apelido judaico do Talmud) diz que o mês de Adar é um mês de sorte e salvação para os judeus. Neste artigo quero lembrar os prezados leitores de um verdadeiro milagre que ocorreu em nossos dias e que no que diz respeito a Israel, terminou em Purim.
Trata-se da Guerra do Golfo em 1991 onde Sadam Hussein ameaçava atacar Israel com aramas não convencionais. De fato ele conseguiu lançar 39 mísseis sobre Israel mas nenhum deles carregava os temidos explosivos químicos ou bilógicos que Sadam pretendia atirar. Além disso, em todos os ataques morreram apenas 15 pessoas, mesmo estes 15 morreram por causa de problemas secundários tal como susto, medo (que levou a problemas cardiacos) e não saber abrir o bico da mascara de gás de forma que permite a respiração.
Note que um único Missil “Scud” que atingiu uma base americana na Arábia Saudita, matou 28 soldados enquanto em Israel Sadam conseguiu acertar prédios em obras, prédios de escritórios (em momentos que os mesmos estavam vazios), um míssil que acertou um prédio habitado simplesmente não explodiu e foi retirado inteiro do local. Acertou também um parque, num bairro habitado um monte de terra que absorveu a maior parte da explosão. Um míssil que provavelmente foi destinado a refinaria de petróleo perto de Haifa, acertou um Shopping. Mesmo as pessoas que foram soterradas, sairam sem maiores ferimentos (incomparável com o ataque as torres gêmeas e nem a queda dos edifícios no Rio de Janeiro...).
Estes são os grandes milagres, os pequenos são muitos casos de pessoas que por vários motivos sairam ou tiraram seus filhos de locais que seriam atacados.
Entre todos os especialistas que previam grande perigo para os moradores de Israel havia uma pessoa que fez todo o possível para divulgar a sua opinião. O Rebbe de Lubavitch repetia várias vezes que a Terra de Israel é o lugar mais seguro na face da Terra! Não por motivos naturais mas sim por que De-us cuida desta Terra incessantemente. O Rebbe previa que a guerra terminará até o dia de Purim.
Eu lembro pessoalmente como meu pai, que é rabino em Petropolis-RJ, ajudou um rapaz a ir estudar em Israel, o rapaz, hoje um sucedido anestesista em Tel-Aviv, não queria voltar ao Brasil e o pai dele estava furioso com o meu pai que repetiu para ele a posição do Rebbe tentando acalmá-lo.
No dia de Purim (28 de Fevereiro) de 1991 foi anunciado que a guerra terminou.
No início da guerra, um trecho do Midrash teve destaque por parecer atual. Acredito que ele não deixa de ser atual até hoje devido a constante ameaça de Irã sobre Israel e os demais países da região. irei oferecer a tradução do dito texto para que os leitores possam interpretar a gosto: 
“Disse Rabi Yitschak, no ano que o rei Mashiach aparecerá, os reis das nações agridirão uns aos outros. O rei da Pérsia agridirá o rei da Arábia, que vai pedir o conselho  de Aram. E todas as nações ficam assustadas  confusas e cabisbaixas sofrendo como num parto. Israel (o povo) ficarão confusos e assustados e dirão: 'Para onde iremos e viremos? Para onde iremos e viremos?' De-us diz a eles: 'Meus filhos, por que vocês se assustam?! Tudo o que Eu fiz, estou fazendo somente para vocês (serem redimidos), por que estão temendo? Não temam! Chegou a hora de sua redenção!' ”
Adiante no mesmo texto consta:
“Na hora em que aparece o rei Mashiach, ele fica acima do telhado do santuário e diz: 'Humildes, chegou a hora de sua redenção!' ”.

Fonte:"Nes Purim 5751" e Yalkut Shimoni Isaias cap.60

“A CABALA DE PESSACH”
A data mais marcante do mês de Nissan(neste ano em abril) é Pessach.
Pessach é na verdade o nome que De-us dá ao cordeiro que Ele mesmo
ordenou abater, assar e consumir na tarde do dia quatorze de Nissan;
como a partir desta cerimônia iniciam-se sete dias sagrados, todos
eles tem este nome (Pessach). E assim está escrito: ”e vocês dirão: um
sacrifício “Pessach” é este para o Senhor pois, ele
“Passach” (i.e.saltou) sobre os lares de Israel quando estava ferindo
os lares do Egito”. Então Pessach é “um salto”, um salto onde De-us
mostra que Ele escolhe proteger uns e ferir os outros. O Midrash diz
que no Egito havia uma forte assimilação cultural. Tanto egípcios como
israelitas adoravam ídolos. Mesmo assim De-us fere uns e protege
outros.
A partir do primeiro Pessach nós somos um “povo escolhido”, motivo de
inveja e agressões, motivo de nosso orgulho e sobrevivência. Mas para
quê De-us fez esta escolha?Qual é a expectativa dele quanto a este
povo?De-us os tira da pior das situações e promove-os a “povo de
sacerdotes”que representa todo o universo perante o Criador. Para
deixar claro qual é a expectativa, De-us revela a Torah e declara que
as suas regras entram em vigor após cinqüenta dias de preparação no
deserto. Essa preparação incluiu a mudança de mentalidade de povo
escravo, para livre, aceitando as leis de De-us.
Na Torah o judeu descobre que De-us estabeleceu duas qualidades de
energia que abastecem todo judeu. Um é aquele fluxo de energia que
De-us sozinho proporciona. Desde que o judeu se mantenha disposto a
receber (isto é: abstendo-se das coisas proibidas), ele receberá estas
energias.
O segundo fluxo energético depende da atitude do judeu. A cada
mandamento que ele pratica, a sua alma é gratificada com mais um
intenso fluxo de energia vital divina.
Estes dois fluxos são uma exclusividade do povo escolhido. As outras
nações tem um fluxo semelhante a aquele que o povo de Israel tinha
antes de sair do Egito, espiritualmente falando: eles ainda estão no
Egito, pois recebem sua energia vital da mesma origem que recebeu o
Egito. Mas o povo de Israel SAIU DO EGITO e aderiu a De-us.
Egito é personificado pelo Faraó. Faraó não era um líder diferente dos
outros até o momento que De-us lhe fez conhecer Yosef, filho de nosso
patriarca Jacob. Yosef, inspirado por De-us, foi nomeado como vice-rei
do Egito. Seus conselhos que combinavam com as condições climático-mundiais
mundiais que foram decretadas por De-us, tornaram ó Faraó num
imperador mundial. Más Faraó era orgulhoso e ingrato. Em vez de buscar
poder e riqueza no caminho traçado por De-us, ele cria inveja pelos
justos israelitas e os escraviza. Estas são as características do
antigo Egito: orgulho, inveja e ingratidão. Sobretudo, o orgulho de não
aceitar que nada temos por merecimento, somente pela benevolência de
De-us.
Quero deixar bem claro:não somos escolhidos por merecimento,não temos
qualidades maiores que as demais nações. Mas De-us nos escolheu! Ele
nos dá algo que o ser humano em si não é capaz de merecer. Pois, por
mais que sejamos devotos a De-us, temos limites. Como poderá uma
criatura limitada no tempo, no espaço e na sua visão unilateral,
provocar um fluxo divino? Divino significa infinito, algo que
transcende as regras deste universo limitado onde vivemos (a NASA por
exemplo não pretende atingir além da matéria, pois não foi dotada
destes poderes). Com esta força nosso povo segue a mesma prática
divina e nenhum império ou cultura irá nos tirar isto, os impérios e
as culturas são sujeitos aos limites da natureza, não o nosso povo.
É este o espírito de Pessach. É importante pensar e falar dessa
alegria de ser escolhido e enxergar como nossas grandes conquistas
resultam de um apoio divino que recebemos de presente.
Assim, nossa felicidade maior não é pelo sucesso material, mas pela
condição diferenciada espiritual.
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Pessach na prática:
Para obter o primeiro fluxo de energia: Evitar ao máximo o consumo de
quaisquer derivados de trigo, cevada, aveia, centeio e espelta desde o dia 6
de abril às 11h00min ate 14 de abril às 18h42min. Também se evita ter em posse
qualquer alimento que contenha estes cereais. Para este fim, é
necessário separar os alimentos proibidos num local fechado durante todos
os dias de Pessach, e recitar a seguinte declaração:
“kal chamira. Todo cereal fermentado ou levedura que esta em minha
posse o qual não encontrei, não eliminei ou que eu não estou
consciente de sua existência; eu ó declaro nulo e sem donos como o pó
da terra!”

O ideal é dar a posse destes alimentos para alguém que não seja judeu,
combinando com ele que lhe retornará a posse dos mesmos após o
Pessach. Isso pode ser feito também através da seguinte delegação de
poderes* ou pelo rabino de sua confiança.
 Para obter o segundo fluxo de energia: todos devem organizar ou
participar de um “Seder de Pessach”. Os mandamentos principais desta
noite são: comer pelo menos meia matza (30 gramas)e três folhas (19
gramas)de alface romana, chicória ou outra verdura amarga. O costume é
tomar quatro copos de vinho ou suco de uva Kasher. Há varias preces a
realizar durante a janta. Para este fim é importante ter em mãos uma
“Hagadá de Pessach”com tradução e/ou transliteração.
Subscrevo-me com desejos de Pessach Kasher e feliz para todos!
Rabino Shmuel Binjamini
*PROCURAÇÃO DELEGAÇÃO DE PODERES PARA A VENDA DE CHAMETZ
Eu abaixo assinado, autorizo por meio desta, ao Rabino Shmuel Binjamini a dispor de todo o Chametz que possa estar em minha propriedade em qualquer lugar que se encontre, em casa, em meu lugar de trabalho, ou em qualquer outro lugar, de acordo com os requisitos das Leis da Torah e os regulamentos dos Sábios Rabínicos, tal como se encontra incorporado no contrato especial de Venda de Chametz.
Assinatura:________________________________________Data ____________
Nome:____________________________________________________________
Endereço:_______________________________________________________
CEP:______________Cidade:___________________________Estado ________
Telefone:__________________________Celular:_________________________
Esta procuração devera ser enviada para o Centro Hebraico ou pelo E-Mail Shmuel770770@gmail.com ate o dia 3 de abril.