terça-feira, 23 de setembro de 2014

Foto: Vejam o Cartão de Shana Tova da Yeshiva onde nasci e fui criado:
Dados institucionais no rodape do Cartão.
Shona Tova! Nesta Yeshiva começou a minha trajetoria. Leia mais no site: www.yeshivapetropolis.org
“O POVO DO LIVRO”
UM ARTIGO SOBRE OS LIVROS JUDAICOS NA MINHA VIDA.
Israel é conhecido mundialmente como o povo “do livro”. Judeus gostam de juntar e ler livros e investem bastante neste hobbie.
Este hábito é tão antigo que a Lei Judaica considera impróprio a pessoa deixar de ler os textos da Torá quando a pessoa não está ocupada com outras coisas. Judeus sabiam grandes conteúdos Bíblicos, Talmúdicos e outros de cor e costumavam refletir no seu conteúdo mesmo quando não tinham como abrir um livro. Com a invenção da imprensa, foram abertas casas judaicas de imprensa em várias cidades. Entre as mais famosas estão: Livorno, Amstredã, Viena, Istambul e outras. Os regimes de então costumavam censurar os textos judaicos e hoje há edições que corrigem as antigas alterações da censura assim como outras falhas técnicas. Consideramos que textos sagrados tem que ser impressos com a maior exatidão possível pois deles deduzimos as leis que seguimos em nossas vidas. O livro judaico que foi impresso o maior número de vezes é o “Tanya”. Este livro aborda os poderes do ser humano na realidade Divina universal incluindo muitas pequenas abordagens que compõe a visão geral do judaísmo como o vêem os líderes Chassídicos do movimento Chabad. Apesar de ser um livro escrito há pouco mais que duzentos anos, ele foi impresso mais que seis mil vezes após o Rebbe de Lubavitch lançar uma campanha onde os seus adeptos deveriam imprimir o livro em toda cidade no mundo onde há judeus. Assim, em 1984 meu pai (Rabino Adi Binjamini), junto com alguns rapazes da Yeshivá de Petrópolis, instalaram uma máquina antiga de impressão numa Kombi e saíram imprimindo o livro pelo Brasil. No fim do livro costumam imprimir a lista dos locais e datas de impressão que inclui lugares desde Shiraz no Irã inclusive numa base militar na Antartica e lugares como Viamão e São Leopoldo aqui no Rio Grande do Sul.
O livro foi traduzido para onze idiomas e impresso também em Braile. Tudo isso foi feito conforme a tradição Chassidica que quando os ensinamentos do Ba’al Shem Tov(1) serão difundidos nos mais distantes cantos da Terra, chegará Mashiach com a Redenção final. O Rebbe também recomenda que todo lar judeu possua uma biblioteca judaica farta e sugere comprar novos livros anualemnte e estudar nos mesmos. Eu me lembro como criança vagando pela sinagoga de Petrópolis onde há uma coleção de mais que três mil livros diferentes, folhando os livros, passando os dedos neles e sonhando com o dia que irei saber o seu conteúdo. De fato este dia ainda não chegou pois mais tarde descobri que posso contribuir mais para o mundo de D-us ao ensinar aos demais a parte que já conheço destes nossos tesouros judaicos do que ao acumular conhecimento sem compartilhá-lo.

Hoje sei que Hashem ajuda á quem publica e ensina a Torá para que está pessoa possa aprender Torá melhor e mais rapido de que as pessoas que não compartilham seus conhecimêntos. Sobre isso o Rebbe de Lubavitch frisava em seus discursos: "Quem ajuda outros á saber e á entender a Torá, sua mente e seu coração ficam mil vezes mais sensiveis de que antes". Eu não consigo calcular o meu caso, mas existem varias vezes que me sinto ajudado, que tenho perguntas e surge que abro justo livros onde as peruntas sao respondidas. Invista nisso voce tambem! O Rebbe garante que não iras se arrepender.


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